À ciência atribuem-sem muitos progressos. O método
e raciocínio científico, propostos por Newton e
Descartes a coisa de dois séculos permitiram observações
e compreenção da natureza pela simplificação
de seus problemas. Desta forma foram estabelecidas a maior parte
das regras científicas.
Por exemplo: a lei da inércia pode ser reproduzida em
laboratório com um pequeno carro colocado sobre um colchão
de ar, para não ter atrito, em um local sem vento ou outras
interferências. Pode parecer besta, mas representou um grande
progresso.
O problema tem surgido quando os cientistas querem impor estes
mundinhos criados em laboratório no nosso cotidiano real.
No nosso dia a dia existe o atrito! Existem os ventos! É
preciso reaprender as regras e suas interferências mútuas.
Desta discrepância nasceu o movimento pró Princípio
da Precaução. Até hoje, os cientistas experimentavam,
por exemplo, um inseticida " maravilhoso" em seus laboratórios
e destas experiências simplificadas partiam para a escala
do nosso cotidiano, sem se preocupar em provar que na escala real,
com ventos, humanos, córregos, minhocas, haveria um impacto
diferente do laboratorial.
Recentemente, a querela dos transgênicos têm sido
palco dos que defendem o Princípio da Precaução,
que pregam que se prove que os danos serão os menores possíveis
antes da aplicação, contra os que defendem que primeiro
se aplique e só se interrompa quando se constatar danos.
Existem artigos muito interessantes sobre isso, em inglês
e espanhol, na lista de discussão Rachel's.
Recomendo muito um artigo que demonstra como os cientistas deveriam
trabalhar, com mais observações da natureza e usando
os laboratórios somente como apoio. O artigo de José
A.Lutzenberger intitulado "Ou
o Brasil acaba com a saúva ou..." observa o importante
papel das saúvas na natureza, que pode ser aproveitado
nas culturas do homem. Longe de ser um inimigo a combater com
inseticidas e napalm, elas devem ser compreendidas e usadas a
nosso favor.
Se achar em sua locadora de vídeo, assista ao filme "Ponto
de Mutação", do Kapra. Este é autor
de livros igualmente recomendados como o homônimo ao filme
ou o "Tao da Física"
A ciência é muito poderosa. Devemos ter cuidado
com ela! Felizmente hoje a internet nos dá acesso aos artigos
científicos diretamente, sem precisarmos contar com insterpretações
de fracos repórteres que sequer estudaram estatística.
Podemos encontrat os e-mails e telefones dos cientistas e fazer
contato direto. Devemos nos informar e duvidar do que aprendemos!
Devemos verificar a ciência com nossa intuição
e observações da natureza.
A ciência é seu próprio antídoto.
Que a ciência seja usada a nosso favor!
Dion
(Meste Engenheiro, que já fez lá um tanto de pesquisas
científicas...)