:. Debate com Saulo (continuação)
<primeira parte>
Sobre a questão de propriedade privada, eu diria que ela
não é um mal da sociedade em si, mas que o maior
mal é a propriedade privada não aplicada produtivamente,
sua acumulação ou pelo seu gasto com fins superfluos.
Nas conversas que tivemos até agora, tem aparecido o interesse
em haver liquidez do investimento privado feito na ecovila (que
não impede em haver investimento pela ONG, claro). Esta
liquidez ajuda a atrair as pessoas e supostamente ajudará
na harmonia futura do grupo, já que uma pessoa precise
sair terá de volta recursos para começar uma nova
vida.
Podemos imaginar algo desta forma:
Áreas residenciais: deverão ter liquidez e fazer
parte do investimento dos moradores. Este investimento, todavia,
deverá garantir que a comunidade possa escolher quem entrará
depois, em caso de venda ou sucessão. Por isso talvez não
seja interessante a escritura de um lote de terra, mas cada um
ter uma parcela de uma sociedade ou cooperativa.
:. Áreas comuns: se forem construídas com recursos
dos moradores, é interessante que tenham liquidez. Porém
nada impede que sejam construídas com recursos da ONG e
que faça parte do patrimônio da ONG. Outra opção
é ser patrimônio dos moradores mas arrendada para
a ONG, que pode incluir suas atividades nesta infra-estrutura,
operá-la pagando menos impostos e receber uma mensalidade
dos moradores para usufruir desta infra-estrutura.
(planejamos um restaurante, lavanderia, ateliers/ oficina, biblioteca,
pomares/horta, lazer).
:. Áreas de preservação: devem ser, preferencialmente,
de propriedade da ONG e mantidas pela ONG. Nelas poderão
ser realizadas pesquisas, usada como parque, realizados cursos,
etc.
Vamos conversando!
Dion